quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Correspondances
La Nature est un temple où de vivants piliers
Laissent parfois sortir de confuses paroles;
L'homme y passe à travers des forêts de symboles
Qui l'observent avec des regards familiers.
Comme de longs échos qui de loin se confondent
Dans une ténébreuse et profonde unité,
Vaste comme la nuit et comme la clarté,
Les parfums, les couleurs et les sons se répondent.
Il est des parfums frais comme des chairs d'enfants,
Doux comme les hautbois, verts comme les prairies,
- Et d'autres, corrompus, riches et triomphants,
Ayant l'expansion des choses infinies,
Comme l'ambre, le musc, le benjoin et l'encens,
Qui chantent les transports de l'esprit et des sens.
Charles Baudelaire - Les fleurs du mal.
domingo, 26 de outubro de 2008
Exposição de Marcel Duchamp no MAM de São Paulo
A exposição das "obras" do artista plástico francês Marcel Duchamp no MAM de São Paulo pareceu bem animada. Notem que muitas pessoas não sabiam o que faziam lá ou nem mesmo conheciam bem Duchamp. A primeira entrevistada diz que o interessante é que a maioria das obras é réplica. O entrevistador diz então: e se eu te der uma réplica de uma nota de 50 reais? aí ela responde: Ah, mas aí não é uma obra de arte! Isso é bem questionável, principalmente se tratando da exposição em pauta, pois o próprio Duchamp fazia cheques o os preenchia com valores e isso se tornou uma de suas obras de arte assinadas por ele. A segunda entrevistada quando é perguntada sobre o valor da "fonte" diz: Ah, milhões de dólares!! Nesse momento o apresentador brinca dizendo que passou em uma loja no dia e viu uma igual por 70 reais, então ela diz pra ele: Ah, mas não foi feita por ele!! Eu digo então: Nem a que está ali foi feita por ele e não é por se tratar de uma réplica, é porque a original também não foi. Mas aí caímos em um outro problema que é o seguinte raciocínio: Quando diz-se que algo não é uma obra de arte porque não foi feita por esse ou por aquele artista, pressupõe-se ulteriormente que, toda produção feita pelo artista tenha de ser necessariamente uma obra de arte, sendo que toda obra de arte tem de ser feita pelo artista, mas o contrário nem sempre é verdadeiro, mas antes de debater conceitos judicativos sobre a arte e até aonde ela vai continuemos nosso passeio. Quando o entrevistador define para uma entrevistado bem brabo o significado da exposição inteira em duas palavras e diz: Mona Lisa, é chamado de burro. Pois é, o que eles querem ver mesmo é roda de bicicleta em cima de banco!!! Estão precisando de um banho realmente de arte, só tomara que não queiram se banhar na "fonte"! Arte neles"!!!
LE GRAND PUBLIC NE S´INTERESSE PAS A L´ ART CONTEMPORAIN
O conceito, por mais útil que seja para a vida, e por mais usado, necessário e proveitoso que seja na ciência, é no entanto enternamente infrutífero para a arte. A verdadeira e única fonte de qualquer obra de arte é a Idéia apreendida. Esta, em sua originalidade vigorosa, é haurida apenas da vida mesma, da natureza, do mundo, pelo gênio autêntico ou por quem se entusiasma instanteneamente até a genialidade[...]
Por sua vez, imitadores, maneiristas, imitatores, servum pecus procedem na arte a partir do conceito.[...]
Entremente, tais obras maneiristas encontram com freqüência, e rapidamente, a aprovação sonora dos contemporâneos, pois estes, isto é, a grande maioria obtusa, só podem conceber conceitos e se apegam a eles. Contudo, após alguns anos, tais obras já são inapreciáveis, visto que o espírito da época, ou seja, os conceitos imperantes, nos quais elas se enraizam, mudaram. Apenas as obras autênticas eternamente joviais e com o vigor originário, pois não pertencem a idade alguma, mas à humanidade[...]
Esses indivíduos que aparecem sucessivamente estão por inteiro sozinhos, visto que a massa e a multidão da posteridade sempre será e premanecerá tão perversa e obtusa quanto a massa e a multidão de todos os tempos.
Arthur Schopenhauer - Livro II - capítulo 49 - O mundo como vontade e como representação
Encontramos no pensamento de Schopenhauer a afirmação de que quando nos deparamos com a obra de arte, esse é um momento de supressão do sofrimento, pois viver é sofrer e uma fuga dessa vida é a própria arte. A estética tem lugar especial na obra do filósofo. Seu livro terceiro da obra máxima supracitada começa assim:
Segunda consideração: A representação independente do princípio de razão - a Idéia platônica: o objeto da arte.
A partir no início do século XX a arte começou a tomar outros rumos até os dias de hoje onde a Bienal de São Paulo em 2008 foi apelidade de "a bienal do vazio". É claro que encontramos gente boa ainda nos meios da arte sejam elas quaisquer que forem. Nas artes plásticas a Beatriz Milhazes, Vik Muniz, Siron Franco, na literatura o Milton Hatoum, Miguel Sousa Tavares e mesmo com toda a salvação quando a Doutora em literatura comparada Beatriz Resende é perguntada sobre quando surgirá um GRANDE romance a resposta é bem simples: Um GRANDE romance; nunca mais.
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Brasil o país do fome zero
Proposta de governo para o primeiro mandato de Lula, confira reportagem da época:
País do Fome Zero tem epidemia de obesos, diz NYT
Larry Rohter, o correspondente do jornal The New York Times que afirmou que o presidente Lula tinha problemas com a bebida, comenta hoje em reportagem a pesquisa divulgada há um mês pelo IBGE que indica que o Brasil enfrenta uma epidemia de obesidade. Rohter lembra que este é o mesmo país cujo presidente de esquerda defende que a fome é o principal problema social, levando à criação do programa Fome Zero.
O repórter cita a resposta de Lula após a divulgação da pesquisa: "Fome não é algo que pode ser medido em uma pesquisa. Nem todo mundo reconhece que passa fome. Eles têm vergonha".
O texto, que é ilustrado com a foto de mulheres e crianças acima do peso na praia da Ipanema, diz que é controverso que o país que deu origem à garota de ipanema, à tanga, a Gisele Bündchen e outras modelos, enfrente um problema como a obesidade.
A reportagem cita os dados do IBGE de que 40% dos brasileiros estão acima do peso. Um em cada 10 adultos, ou cerca de 10 milhões de pessoas, é obeso segundo normas internacionais. Já os subnutridos brasileiros seriam menos de 4 milhões.
Segundo o texto, as estatísticas brasileiras mostram um alarmante crescimento da obesidade desde 1970, quando a pesquisa do IBGE foi feita pela primeira vez. Assim como ocorre em outras partes do mundo, os principais culpados são uma dieta não balanceada e vida sedentária, com algumas variantes particulares do Brasil, diz Rohter.
"Os brasileiros, por exemplo, têm um gosto pronunciado pelo açúcar, algo natural no país que é o principal exportador do produto", segundo o texto. O repórter conta que os brasileiros habitualmente colocam açúcar em frutas naturalmente doces como abacaxi ou mamão papaia. "Algumas vezes, parece que metade do cafezinho é feito de açúcar", ironiza.
A introdução de produtos industrializados nos últimos anos na dieta brasileira, com uma quantidade muito maior de carboidratos seria um outro fator citado para explicar a epidemia.
A obesidade brasileira também é explicada através de traços culturais na reportagem. Constanza Pascolato, uma das principais consultoras brasileiras de moda e beleza, é citada no texto. "Enquanto os americanos estão interessados em seios, os homens brasileiros querem algo para apertar", diz ela. "Mulheres estão sempre ouvindo: você tem que comer ou vai parecer uma vara e são encorajadas a serem cheias", completa.
Larry Rohter ainda afirma que Lula contestou a pesquisa com as afirmações por causa da sua história pessoal, de criança que passou forme no nordeste. "Mas hoje Lula é um destes brasileiros que lutam para manter o peso sob controle", conclui o repórter, mencionando os hábitos de Lula de consumir "churrasco, cerveja e buchada".segunda-feira, 20 de outubro de 2008
das frestas das portas,
as noites, por tantas vezes acordado espreitando os velhos quartos,
subindo as escadas sem fazer barulho,
me esgueirando pelo chão.
No ranger da porta o silêncio implacável predominava,
um homem e um relógio,
um tempo perdido que fica guardado nos bolsos do andarilho que
caminhando continua a sua busca, sem dogmas,
enigmático em sua empreitada infindável,
andarilho do tempo de mim mesmo.
13/10/2008
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Sem título
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À um ausente
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Pensamentos
Italo Calvino - trecho do livro: "As cidades invisíveis"
Pensamentos
Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre.
Miguel sousa Tavares - Trecho do livro: "Não te deixarei morrer, David Crockett"
domingo, 13 de julho de 2008
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Da arte contemporânea
" Durante algum tempo, discutimos pintura - cubismo, futurismo, expressionismo. Celia visitara havia pouco uma exposição de arte moderna e ficara inteiramente decepcionada. De que maneira uma cabeça quadrada e um nariz como um trapézio podiam ser indicativos do homem e seus dilemas? O que podiam nos dizer cores que não tinham nem harmonia, nem base na realidade? Quanto à literatura, Celia havia lido Gottfried Benn, Trackl, Däubler, além de traduções de poetas modernos americanos e franceses. Todos a deixaram fria. "Ele só querem surpreender e chocar", disse. Mas a gente fica à prova de choque muito depressa."
Bienal do livro 2008
domingo, 6 de julho de 2008
" El Che vive! ", também na Alemanha

O pôster de Che – na famosa representação do artista irlandês Jim Fitzpatrick, com a conhecida frase Hasta la victoria siempre! – continua no corredor. Os deputados social-democratas descartaram a carta como reivindicação "ridícula", alegando apenas que Che é um "símbolo cult da juventude".
Essa anedota noticiada na época pelo diário tageszeitung mostra uma curiosa inversão: ao que parece, os conservadores levam a causa da luta armada mais a sério do que os sobreviventes da geração de 68.

Afinal, tanto para os social-democratas da Câmara renana quanto para consumidores do mundo inteiro, Che já virou há muito tempo uma marca praticamente dissociada da pessoa do guerrilheiro mártir, sitiado pelo exército boliviano numa escola do vilarejo de La Higuera, na Bolívia, e baleado a 9 de outubro de 1967.
"Um símbolo pop da rebelião jovem", assim qualificou o porta-voz da Juventude Verde esse mito da esquerda revolucionária, cujo retrato a óleo, em vermelho e preto, está pendurado em sua sede federal, em Berlim. Mas o retrato está virado de cabeça para baixo. Isso mostra que os jovens verdes lidam com essa personagem de forma crítica, explicou o porta-voz à imprensa alemã.
Entre os ícones da esquerda revolucionária – Mao Tsé Tung, Fidel Castro e Che Guevara – talvez realmente este último seja o único a sobreviver. Mao, falecido aos 82 anos, e Fidel, adoecido, mas ainda no poder, talvez tenham vivido demais para se manterem ícones. Tudo o que fizeram em nome da revolução pôde ser apurado ao longo de sua trajetória, o que certamente confere um gosto amargo demais para uma marca registrada comercializável. Che morreu jovem, com muito a fazer, e por isso "vive".
sábado, 5 de julho de 2008
Cotas SOCIAIS
JB - 05/07/08
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Pequenos trechos de grandes livros
Do meu lado, aprendi bem cedo que é difícil determinar onde acaba nossa resistência, e também muito cedo aprendi a ver nela o traço mais forte do homem; mas eu achava que, se da corda de um alaúde — esticada até o limite — se podia tirar uma nota afinadíssima (supondo-se que não fosse mais que um arranhado melancólico e estridente), ninguém contudo conseguiria extrair nota alguma se a mesma fosse distendida até o rompimento.
Raduan Nassar(Lavoura arcaica)
quinta-feira, 3 de julho de 2008
quarta-feira, 2 de julho de 2008

quinta-feira, 26 de junho de 2008

domingo, 8 de junho de 2008
A paranóia do Dr. Nesse
haunted man. O personagem criado por Luiz Alfredo Garcia-Roza em seu livro é um psiquiatra que se sente perseguido por um dos seus pacientes, o qual desaparece do hospital de forma misteriosa e dando espaço assim para o acontecimento de toda a trama. É o terceiro livro que leio do autor, vale a pena conferir: O perseguido
Ed. Companhia das letras.
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Um NÃO para as causas.
Não fume que faz mal à saúde;
Não beba que faz à saúde;
Não coma carne que faz mal à saúde;
Pra que beber leite? Seu corpo não precisa mais disso desde o 6 meses...
Não ande descalço vai machucar o pé;
Não corra vai cair;
Não coma batata frita que além de engordar faz mal à saúde!
Porra vai pentear macaco, também quer que eu pare de respirar já que o oxigênio oxida as minhas células e me envelhece ??? Liberdade morô.
domingo, 27 de abril de 2008
A contribuição de Marcelo Coelho ao bom JORNALISMO

Se a revista dispusesse de alguma informação exclusiva que, em tese, encerrasse defintivamente as dúvidas sobre o caso, poderia investir com mais autoridade nesse tipo de enfoque. Não custava adotar um mínimo de sobriedade nessa cobertura.
A poesia se esfrega nos seres e nas cousas
Nunca sentiste uma força melodiosa
Cercando tudo o que teus olhos vêem,
Um misto de tristeza numa paisagem grandiosa
Ou um grito de alegria na morte de um ser que queres bem?
Nunca sentiste nostalgia na essência das cousas perdidas
Deparando com um campo devoluto
Semelhante a uma virgem esquecida?
Num circo, nunca se apoderou de ti um amargor sutil
Vendo animais amestrados
E logo depois te mostrarem
Seres humanos imitando um réptil?
Nunca reparaste na beleza de uma estrada
Cortando as carnes do solo
Para unir carinhosamente
Todos os homens, de um a outro pólo?
Nunca te empolgastes diante de um avião
Olhando uma locomotiva, a quilha de um navio,
Ou de qualquer outra invenção?
Nunca sentiste esta força que te envolve desde o brilho do dia
Ao mistério da noite,
Na extensão da tua dor
E na delícia de tua alegria?
Pois então faz de teus olhos o cume da mais alta montanha
Para que vejas com toda a amplitude
A grandeza infindável da poesia que não percebes
E que é tamanha!
terça-feira, 22 de abril de 2008
Nobre iniciativa
Existem quatro pontos fundametais que cercam a obra:
Os livros que não conhecemos
Os livros que folheamos
Os livros de que ouvimos falar
Os livros que esquecemos
Neste último muito bem lembrado a figura de Montaigne. Ensaios curtos, quase crônicas tomam conta de forma divertida de um assunto que NÓS os livreiros já somos craques há muito tempo: falar dos livros que não lemos.
P.S. : Só para lembrar esse eu li tá!!!
sexta-feira, 11 de abril de 2008
SAP - Síndrome da Alienação Parental
Maria Berenice Dias
Desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio Grande do SulVice-Presidente Nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAMwww.mariaberence.com.br
Certamente todos que se dedicam ao estudo dos conflitos familiares e da violência no âmbito das relações interpessoais já se depararam com um fenômeno que não é novo, mas que vem sendo identificado por mais de um nome. Uns chamam de “síndrome de alienação parental”; outros, de “implantação de falsas memórias”.
Este tema começa a despertar a atenção, pois é prática que vem sendo denunciada de forma recorrente. Sua origem está ligada à intensificação das estruturas de convivência familiar, o que fez surgir, em conseqüência, maior aproximação dos pais com os filhos. Assim, quando da separação dos genitores, passou a haver entre eles uma disputa pela guarda dos filhos, algo impensável até algum tempo atrás. Antes, a naturalização da função materna levava a que os filhos ficassem sob a guarda da mãe. Ao pai restava somente o direito de visitas em dias predeterminados, normalmente em fins-de-semana alternados.
Como encontros impostos de modo tarifado não alimentam o estreitamento dos vínculos afetivos, a tendência é o arrefecimento da cumplicidade que só a convivência traz. Afrouxando-se os elos de afetividade, ocorre o distanciamento, tornando as visitas rarefeitas. Com isso, os encontros acabam protocolares: uma obrigação para o pai e, muitas vezes, um suplício para os filhos.
Agora, porém, se está vivendo uma outra era. Mudou o conceito de família. O primado da afetividade na identificação das estruturas familiares levou à valoração do que se chama filiação afetiva. Graças ao tratamento interdisciplinar que vem recebendo o Direito de Família, passou-se a emprestar maior atenção às questões de ordem psíquica, permitindo o reconhecimento da presença de dano afetivo pela ausência de convívio paterno-filial.
A evolução dos costumes, que levou a mulher para fora do lar, convocou o homem a participar das tarefas domésticas e a assumir o cuidado com a prole. Assim, quando da separação, o pai passou a reivindicar a guarda da prole, o estabelecimento da guarda conjunta, a flexibilização de horários e a intensificação das visitas.
No entanto, muitas vezes a ruptura da vida conjugal gera na mãe sentimento de abandono, de rejeição, de traição, surgindo uma tendência vingativa muito grande. Quando não consegue elaborar adequadamente o luto da separação, desencadeia um processo de destruição, de desmoralização, de descrédito do ex-cônjuge. Ao ver o interesse do pai em preservar a convivência com o filho, quer vingar-se, afastando este do genitor.
Para isso cria uma série de situações visando a dificultar ao máximo ou a impedir a visitação. Leva o filho a rejeitar o pai, a odiá-lo. A este processo o psiquiatra americano Richard Gardner nominou de “síndrome de alienação parental”: programar uma criança para que odeie o genitor sem qualquer justificativa. Trata-se de verdadeira campanha para desmoralizar o genitor. O filho é utilizado como instrumento da agressividade direcionada ao parceiro. A mãe monitora o tempo do filho com o outro genitor e também os seus sentimentos para com ele.
A criança, que ama o seu genitor, é levada a afastar-se dele, que também a ama. Isso gera contradição de sentimentos e destruição do vínculo entre ambos. Restando órfão do genitor alienado, acaba identificando-se com o genitor patológico, passando a aceitar como verdadeiro tudo que lhe é informado.
O detentor da guarda, ao destruir a relação do filho com o outro, assume o controle total. Tornam-se unos, inseparáveis. O pai passa a ser considerado um invasor, um intruso a ser afastado a qualquer preço. Este conjunto de manobras confere prazer ao alienador em sua trajetória de promover a destruição do antigo parceiro.
Neste jogo de manipulações, todas as armas são utilizadas, inclusive a assertiva de ter sido o filho vítima de abuso sexual. A narrativa de um episódio durante o período de visitas que possa configurar indícios de tentativa de aproximação incestuosa é o que basta. Extrai-se deste fato, verdadeiro ou não, denúncia de incesto. O filho é convencido da existência de um fato e levado a repetir o que lhe é afirmado como tendo realmente acontecido. Nem sempre a criança consegue discernir que está sendo manipulada e acaba acreditando naquilo que lhes foi dito de forma insistente e repetida. Com o tempo, nem a mãe consegue distinguir a diferença entre verdade e mentira. A sua verdade passa a ser verdade para o filho, que vive com falsas personagens de uma falsa existência, implantando-se, assim, falsas memórias.
Esta notícia, comunicada a um pediatra ou a um advogado, desencadeia a pior situação com que pode um profissional defrontar-se. Aflitiva a situação de quem é informado sobre tal fato. De um lado, há o dever de tomar imediatamente uma atitude e, de outro, o receio de que, se a denúncia não for verdadeira, traumática será a situação em que a criança estará envolvida, pois ficará privada do convívio com o genitor que eventualmente não lhe causou qualquer mal e com quem mantém excelente convívio.
A tendência, de um modo geral, é imediatamente levar o fato ao Poder Judiciário, buscando a suspensão das visitas. Diante da gravidade da situação, acaba o juiz não encontrando outra saída senão a de suspender a visitação e determinar a realização de estudos sociais e psicológicos para aferir a veracidade do que lhe foi noticiado. Como esses procedimentos são demorados – aliás, fruto da responsabilidade dos profissionais envolvidos –, durante todo este período cessa a convivência do pai com o filho. Nem é preciso declinar as seqüelas que a abrupta cessação das visitas pode trazer, bem como os constrangimentos que as inúmeras entrevistas e testes a que é submetida a vítima na busca da identificação da verdade.
No máximo, são estabelecidas visitas de forma monitorada, na companhia de terceiros, ou no recinto do fórum, lugar que não pode ser mais inadequado. E tudo em nome da preservação da criança. Como a intenção da mãe é fazer cessar a convivência, os encontros são boicotados, sendo utilizado todo o tipo de artifícios para que não se concretizem as visitas.
O mais doloroso – e ocorre quase sempre – é que o resultado da série de avaliações, testes e entrevistas que se sucedem durante anos acaba não sendo conclusivo. Mais uma vez depara-se o juiz diante de um dilema: manter ou não as visitas, autorizar somente visitas acompanhadas ou extinguir o poder familiar; enfim, manter o vínculo de filiação ou condenar o filho à condição de órfão de pai vivo cujo único crime eventualmente pode ter sido amar demais o filho e querer tê-lo em sua companhia. Talvez, se ele não tivesse manifestado o interesse em estreitar os vínculos de convívio, não estivesse sujeito à falsa imputação da prática de crime que não cometeu.
Diante da dificuldade de identificação da existência ou não dos episódios denunciados, mister que o juiz tome cautelas redobradas. Não há outra saída senão buscar identificar a presença de outros sintomas que permitam reconhecer que se está frente à síndrome da alienação parental e que a denúncia do abuso foi levada a efeito por espírito de vingança, como instrumento para acabar com o relacionamento do filho com o genitor. Para isso, é indispensável não só a participação de psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais, com seus laudos, estudos e testes, mas também que o juiz se capacite para poder distinguir o sentimento de ódio exacerbado que leva ao desejo de vingança a ponto de programar o filho para reproduzir falsas denúncias com o só intuito de afastá-lo do genitor.
Em face da imediata suspensão das visitas ou determinação do monitoramento dos encontros, o sentimento do guardião é de que saiu vitorioso, conseguiu o seu intento: rompeu o vínculo de convívio. Nem atenta ao mal que ocasionou ao filho, aos danos psíquicos que lhe infringiu. É preciso ter presente que esta também é uma forma de abuso que põe em risco a saúde emocional de uma criança. Ela acaba passando por uma crise de lealdade, pois a lealdade para com um dos pais implica deslealdade para com o outro, o que gera um sentimento de culpa quando, na fase adulta, constatar que foi cúmplice de uma grande injustiça.
A estas questões devem todos estar mais atentos. Não mais cabe ficar silente diante destas maquiavélicas estratégias que vêm ganhando popularidade e que estão crescendo de forma alarmante.
A falsa denúncia de abuso sexual não pode merecer o beneplácito da Justiça, que, em nome da proteção integral, de forma muitas vezes precipitada ou sem atentar ao que realmente possa ter acontecido, vem rompendo vínculo de convivência tão indispensável ao desenvolvimento saudável e integral de crianças em desenvolvimento.
Flagrada a presença da síndrome da alienação parental, é indispensável a responsabilização do genitor que age desta forma por ser sabedor da dificuldade de aferir a veracidade dos fatos e usa o filho com finalidade vingativa. Mister que sinta que há o risco, por exemplo, de perda da guarda, caso reste evidenciada a falsidade da denúncia levada a efeito. Sem haver punição a posturas que comprometem o sadio desenvolvimento do filho e colocam em risco seu equilíbrio emocional, certamente continuará aumentando esta onda de denúncias levadas a efeito de forma irresponsável.
terça-feira, 8 de abril de 2008
Homens e suas lembranças
e dentro dos armários.
Sou um simples reflexo seco em frente à porta
diferente das minhas memórias que são todas coloridas, e
são de uma intensidade muito viva
com os olhos fechados posso ser quem eu quiser,
empresto minhas formas para adornar as personagens das
minhas elucubrações tão momentâneas,
tão passageiras, distingo dois tempos diferentes pelo cheiro
dentro da mesma gaveta,
dois passados e um presente se encontram,
homens e suas lembranças,
mas o que fazer com elas?
Enquanto não sei
permanecem no mesmo lugar.
domingo, 6 de abril de 2008
Shosha
"Mas eu acreditava que eu era mesmo herege e meio louco. Havia em nossas estantes exemplares do Zohar, de A árvore da vida, O livro da criação, O pomar de romãs e de outras obras cabalísticas. Encontrei um calendário que registrava muitos fatos sobre reis, homens de estado, milionários e estudiosos. Minha mãe sempre lia o Livro da aliança, que era uma antologia cheia de informações científicas. Nele li sobre Arquimedes, Copérnico, Newton e sobre os filósofos Aristóteles, Descartes, Leibnitz. O autor, reb Elijah de Wilna, envolvia-se em longas polêmicas com aqueles que negavam a existência de Deus e assim aprendi a opinião deles. Embora o livro fosse proibido para mim, eu aproveitava toda oportunidade que tinha para lê-lo. Uma vez, meu pai mencionou o filósofo Espinosa - o nome dele devia ser apagado - e sua teoria de que Deus é o mundo e o mundo é Deus. Essas palavras criaram um torvelinho em minha mente. Se o mundo é Deus, eu, o menino Aaron, com minha capa, meu soildéu de veludo, meu cabelo vermelho, meus sapatos, faço parte do corpo de Deus. Assim como Bashele, Shosha e até meus pensamentos.",
"Do berço à tumba, o homem só pensa no prazer. O que o piedoso quer? Prazer no outro mundo. E o que o asceta quer? Prazer espiritual ou seja lá o que for. Vou ainda mais longe: Para mim, o prazer domina não só a vida, mas o universo inteiro. Espinosa diz que Deus tem dois atributos conhecidos por nós - pensamento e extensão. Digo que Deus é prazer. Se prazer é um atributo, então deve consistir de modos infinitos. Isso quer dizer qie devem existir míriades de prazeres desconhecidos ainda a serem descobertos. Claro, se acontece de Deus ter um atributo de mal, pobre de nós. Talvez Ele não seja tão todo-poderoso afinal de contas e precise da nossa colaboração".
Também são evocados nomes como: Arthur Schopenhauer, Nietzsche, Oscar Wilde, Maimônides, Darwin, Einstein. É abordado também em uma passagem uma discussão sobre a arte moderna :
"Durante algum tempo, discutimos pintura - cubismo, futurismo, expressionismo. Celia visitara havia pouco uma exposição de arte moderna e ficara inteiramente decepcionada. De que maneira uma cabeça quadrada e um nariz como um trapézio podiam ser indicativos do homem e seus dilemas? O que podiam nos dizer cores que não tinham nem harmonia, nem base na realidade? Quanto à literatura, Celia havia lido Gottfried Benn, Trackl, Däubler, além de traduções de poetas modernos americanos e franceses. Todos a deixaram fria. "Eles só querem surpreender e chocar", disse. " Mas a gente fica à prova de choque muito depressa".
Também é narrado vários momentos sobre as consequências ocorridas em detrimento ao Socialismo soviético. É falado sobre as atrocidades cometidas pelos Nazistas. Um livro que mistura romance e história com uma classe que é apanágio dos bons escritores.
Eu digo NÃO as cotas raciais
O Congresso Nacional está prestes a aprovar a introdução de cotas raciais nas universidades sem um debate mais amplo com a sociedade. Tramita ainda o Estatuto da Igualdade Racial, que, apesar da designação ampla, contempla um segmento específico (os afrobrasileiros), propondo, entre outras medidas, que o cidadão declare compulsoriamente a sua "raça" em todos os documentos gerados nos sistemas de ensino, saúde, trabalho e previdência. Cria-se um Brasil de brancos e não brancos, ou de negros e não negros. Essas iniciativas procuram transformar a diversidade étnico-social da população brasileira em grupos raciais estanques.
O argumento é conhecido: temos um passado de escravidão que levou a população de origem africana a níveis de renda e condições de vida precárias. O preconceito e a discriminação contribuem para que a situação pouco se altere. Há a necessidade de políticas sociais que compensem os prejudicados no passado, ou que herdaram situações desvantajosas. Essas políticas, ainda que reconhecidamente imperfeitas, se justificariam porque viriam corrigir um mal maior. Além disso, teriam caráter temporário. No momento atual, no qual mais do que nunca é necessário que se ampliem os debates com a sociedade civil, inclusive com vistas a que o Congresso aperfeiçoe os projetos sob análise, quem discorda desse modelo de políticas sociais, em particular das cotas, vem sendo tachado até mesmo de racista.
A estratégia das cotas é solução equivocada para um problema mal definido. Análises estatísticas mostram correlações importantes entre cor e uma série de desvantagens econômicas e sociais, que persistem mesmo quando outras variáveis são controladas. Assim, "brancos", "pardos" e "pretos", ainda que de mesmo nível educacional, têm rendimentos diferentes. Contudo, essas associações precisam ser vistas com cautela, pois não contam toda a história. Mesmo com o mesmo número de anos de estudo, por exemplo, indivíduos negros e pardos podem ter se formado em cursos de menor prestígio e valorização no mercado de trabalho. De fato, parte das diferenças pode também derivar da exposição à discriminação, ainda que faltem estudos detalhados sobre como os mecanismos discriminatórios operam e produzem as desigualdades observadas. Contudo, o que está ampla e detalhadamente comprovado é que a educação das pessoas é o que mais explica as diferenças de renda e oportunidades de vida.
A maneira mais efetiva de reduzir as desigualdades sociais é pela generalização da educação básica de qualidade e pela abertura de bons postos de trabalho. Cotas raciais, mesmo se eficazmente implementadas, promoverão somente a ascensão social de um reduzido número de pessoas, não alterando os fatores mais profundos que determinam as iniqüidades sociais. São reconhecidamente sérios os problemas envolvidos na implementação de cotas. Transformam classificações estatísticas gerais (como as do IBGE) em identidades com direitos específicos. Já se vê no país a ocorrência de experiências polêmicas de implementação de cotas que desrespeitam o direito das pessoas à autoclassificação. A adoção de identidades raciais não deve ser imposta e regulada pelo Estado. Políticas dirigidas a grupos "raciais" estanques em nome da justiça social não eliminam o racismo e podem até mesmo produzir efeito contrário, ou seja, o acirramento do conflito e da intolerância, como demonstram exemplos históricos e contemporâneos.
Que Brasil queremos? Um país no qual as escolas eduquem as crianças pobres, independentemente da cor ou raça, dando-lhes oportunidade de ascensão social e econômica; no qual as universidades se preocupem em usar bem os recursos e formar bem os alunos. No caso do ensino superior, o melhor caminho é aumentar o número de vagas nas instituições públicas, ampliar os cursos noturnos, difundir os cursos de pré-vestibular para alunos carentes, implantar câmpus em áreas mais pobres, entre outras medidas. Devemos almejar um Brasil no qual ninguém seja discriminado, de forma positiva ou negativa, pela cor ou raça: que se valorize a diversidade como um processo vivaz que deve permanecer livre de normas impostas pelo Estado a indivíduos que não necessariamente querem se definir segundo critérios raciais
Não me recordo de quem é o texto, pois está guardado comigo já faz um tempo, mas é um texto excelente que desmacara o velho dois pesos duas medidas exaltados pela CAUSA. A que era pela desigualdade social, que evovaca em nome da humanidade a igualdade entre os homens suscitadas em 1917 já temos os resultados, a pela desigualdade racial ainda não conhecemos, mas partimos das prévias.
sábado, 5 de abril de 2008
Descaso na Central do Brasil 09:08 da manhã
quinta-feira, 27 de março de 2008
28 de março - Meu aniversário
domingo, 23 de março de 2008
Memórias inventadas I

Pra ser sincero
E não sabia, amor
Fiz tudo que eu quis
Confesso a minha dor...
E era tão real
Que eu só fazia fantasia
E não fazia mal...
E agora é tanto amor
Me abrace como foi
Te adoro e você vem comigo
Aonde quer que eu vôe...
E o que passou, calou
E o que virá, dirá
E só ao seu lado
Seu telhado
Me faz feliz de novo...
O tempo vai passar
E tudo vai entrar
No jeito certo
De nós dois...
As coisas são assim
E se será, será
Prá ser sincero
Meu remédio é
Te amar, te amar...
Não pense, por favor
Que eu não sei dizer
Que é amor tudo
O que eu sinto
Longe de você...
E agora é tanto amor
Me abrace como foi
Te adoro e você vem comigo
Aonde quer que eu vôe...
E o que passou, calou
E o que virá, dirá
E só ao seu lado
Seu telhado
Me faz feliz de novo...
O tempo vai passar
E tudo vai entrar
No jeito certo
De nós dois...
As coisas são assim
E se será, será
Prá ser sincero
Meu remédio é
Te amar, te amar...
Não pense, por favor
Que eu não sei dizer
Que é amor tudo
O que eu sinto
Longe de você...
sábado, 22 de março de 2008
Superpai
é ter coragem de dizer sim e não
matéria bruta a ser lapidada.
Ser pai é acordar a noite
ouvindo o som da nova vida que agora existe
é ter uma nova pessoa ali na sua frente.
Ser pai é dar banho, é fazer mamadeira, é ferver chupeta.
Ser pai é levar todos os dias de manhã a cria para pegar sol bem cedo.
Ser pai é fazer papinha e limpar a boca.
Ser pai é segurar a mão para não deixar cair.
Ser pai é querer estar perto, é dividir,
momentos, fraquezas, alegrias.
É ter alguém dentro de si, é não esquecer nunca
em nenhum momento.
Ser pai é lutar sempre pela felicidade.
Ser pai é escrever.
pra você Clara.
quinta-feira, 6 de março de 2008
Tudo de bom pra você
P.S. não nego estar pensando em um exemplo nesse momento, um alguém bem próximo e muito distante...
domingo, 2 de março de 2008
Deixa-me seguir para o mar
evocar-se um fantasma... deixa-me ser
o que eu sou, o que sempre fui, um rio que vai fluindo...
Em vão, em minhas margens cantarão as horas,
me recamarei de estrelas como um manto real,
me bordarei de nuvens e de asas,
às vezes virão em mim as crianças banhar-se...
Um espelho não guarda as coisas refletidas!
E o meu destino é seguir... é seguir para o mar,
as imagens perdendo no caminho...
Deixa-me fluir, passar, cantar...
Toda a tristeza dos rios
é não poder parar!
Mário Quintana.
O crepúsculo dos ídolos
F. Nietzsche.
sábado, 1 de março de 2008
Essa é para você Aline

Voltei.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Do ler e escrever
Quem de vós pode, ao mesmo tempo, rir e sentir-se elevado?
Aquele que sobe ao monte mais alto, esse ri-se de todas as tragédias, falsas ou verdadeiras."
Zaratustra.
Assim falou Zaratustra ( Introdução da terceira parte )
Friedrich Nietzsche
Editora Civilização Brasileira
domingo, 27 de janeiro de 2008

Essa é a bola da vez. Depois de uma certa resistência resolvi saber o que o Bernard - Henri Lévy tinha para dizer sobre Sartre, até porque para mim o primeiro filósofo é uma espécie de Tocquevilleano século XXI. O que teria Sartre para seduzir tanto um filósofo na contemporaneidade? Em relação aos dois citados teriam muitas. A paixão pela filosofia. O intelectual engajado. O militante político. A literatura.
Apesar de estar ainda perto da metade do livro, consigo perceber a sutileza das palavras para que a mensagem seja transmitida ao leitor com minuciosidade. Tudo o que uma leitura atenta pode fazer. Portentosamente o livro vai fluindo e dividindo as suas idéias com o leitor. Nele passamos com personalidades comentadas como: André Malraux, Heidegger, Nietzsche, Merleau-Ponty, Beauvoir, Blanchot, Bataille, Espinosa, Gide, Stendhal, Romain Gary, Camus, Raymond Aron, De Gaulle, Jules Vuillemin e Jean Wahl entre outros...
Vai sendo mostrado um Sartre que em sua época era o intelectual mais amado e odiado. Um Sartre que escreveu O SER E O NADA e um Sartre que apoiou o Comunismo. Um Sartre que escreveu OS CAMINHOS DA LIBERDADE e um Sartre Ultrabolchevista. Um Sartre amado por sua fiel companheira até o último dia.
É sempre marcante quando conseguimos vencer os nossos preconceitos e ler algo que as vezes nos fazem pensar duas vezes, que nos fazem enxergar na totalidade e não na nossa metade.
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
The road not taken - Robert Frost
And sorry I could not travel both and be one traveler,
long I stood and looked down one as far as I could to where it bent in the undergrowth;
Then took the other,
as just as fair and having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that, the passing there had worn them really about the same,
And both that morning equally layIn leaves no step had trodden black Oh,
I kept the first for another day!Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.
I shall be telling this with a sighSomewhere ages and ages hence:Two roads diverged in a wood, and I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.
sábado, 5 de janeiro de 2008
Carta de Turgueniev para Tolstói

A este tocante apelo, vindo do leito de um moribundo - a carta foi interrompida no meio e Turgueniev escreve que lhe faltam as forças - Tolstói não respondeu imediatamente; quando decidiu fazê-lo, era já tarde demais. Turgueniev morreu sem saber se a sua súplica fora atendida.