quinta-feira, 10 de julho de 2008

Da arte contemporânea

A dita arte contemporânea - ou seja lá isso o que for - ainda continua produzindo ahhhh, hummm, ehhh, bem continuando o assunto hoje em uma escapadinha tive a chance de quase entrar no museu. Pensei duas vezes antes de entrar e .... continuei do lado de fora. Talvez tenha pensado demasiadamente. Se ainda tivessem expostas as gravuras do Rembrandt como em uma das vezes, mas novamente a grande arte contemporânea domina a cena. Como Schopenhauer dizia que as duas pontas extremas da vida são o sofrimento e do outro lado o tédio, decidi me manter no primeiro e dispensar o segundo. O primeiro me lembra um parágrafo do livro Shosha do Bashevis Singer onde mostra que desde o início do século XX nos mantemos apenas nos simulacros:

" Durante algum tempo, discutimos pintura - cubismo, futurismo, expressionismo. Celia visitara havia pouco uma exposição de arte moderna e ficara inteiramente decepcionada. De que maneira uma cabeça quadrada e um nariz como um trapézio podiam ser indicativos do homem e seus dilemas? O que podiam nos dizer cores que não tinham nem harmonia, nem base na realidade? Quanto à literatura, Celia havia lido Gottfried Benn, Trackl, Däubler, além de traduções de poetas modernos americanos e franceses. Todos a deixaram fria. "Ele só querem surpreender e chocar", disse. Mas a gente fica à prova de choque muito depressa."

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