domingo, 30 de setembro de 2007

Ser uma pessoa Clara.


Os dias têm sido vazios sem você por perto.

As cruéis horas de Domingo e praça cheia,

do sol, você se lembra da forma que as sombras faziam no chão, num momento único;

na areia, a imitação das folhas sendo movidas pelo vento?

É. Eu me lembro disso.

Hoje a saudade me aperta, e comprime

dentro de mim todos os meus sentimentos,

que se empurram,

cada qual querendo aumentar seu espaço,

tomar o direito para si,

mas a saudade...

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Uma piada... de pessoa.


Desculpe-me leitor, mas essa não poderia ficar pra trás. Adotei a convicção de que: uma pessoa que escreve " socego" e " enchergar" não merece respeito. ( rs )

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Exemplo de proselitismo


Em coluna do dia 15/09/07 no site da CARTA MAIOR o comentarista e professor Emir Sader se refere ao caso Renan com todo o proselitismo entusiasta pertencente à esquerda brasileira. Ele comenta que a mídia oligopólica fez com que o Brasil desaparecesse durante quatro meses. Realmente é um assunto desimportante de ser tratado, até por isso que o Brasil não desapareceu. Mas a mídia oligopólica perdeu e Renan venceu. Como o próprio disse: "É a democracia...". Essa mídia sensacionalista que fica tentando denegrir a imagem do presidente do senado, ou como queria a respeitada musa da filosofia brasileira Marilena Chauí sobre o mensalão: "Tudo isso é intriga da oposição para derrubar o governo Lula." Estamos todos condicionados à sermos manipulados por essa mídia oligopólica que é contra as políticas sociais, que fala mal do bolsa família ou das tão preciosas cotas nas universidades, afinal pra que serve o determinismo histórico? "A luta da esquerda tem que ser por um modelo que priorize as políticas sociais, na luta por uma democracia com alma social.", diz Emir Sader. Eu digo: a mesma democracia com alma social produzida pela esquerda mundial que passou a existir com Stálin, Pol Pot, Mao Tsé-Tung, Simón Bolívar, Fidel e seus camaradas latino americanos. Grandes homens...

sem título

Eu vivo em confusão.
Confusão de mim mesmo,
Porque vivem muitos dentro de mim
E às vezes não sei qual é qual,
Quem é quem.


Tenho a parte que pensa e
Tenho a parte que age,
A razão e a vontade
Que entra em guerra no meu eu profundo,
Fundo de um mundo confuso.


Sou guerra e sou paz,
Sou pai, sou mãe e filho,
Sou todos e nenhum,
Sou ato 3 cena 1,
To be or not to be? That´s the question!
Que indecisão de papéis!

Silêncio

A partir de agora eu me calo
E deixo que minhas sombras falem por mim,
Pois essas que estão a gritar,
São as feridas que dentro de mim
Nunca se curaram.

sábado, 22 de setembro de 2007

Pincelando Clarice


Terminei há alguns dias a leitura do maravilhoso Perto do coração selvagem, da Clarice Lispector. Como um marco na literatura brasileira, Clarice escreveu também: Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres, A paixão segundo G.H., A hora da estrela, entre outros. Com uma abordagem existencialista, as perguntas da filosofia se desenrolam sutilmente em uma intensa e viva forma de escrever. Nossa Joana, que relembra muitos momentos da sua infância, uma personagem corajosa e nas palavras da própria escritora: "Ela nada esperava. Ela era, em si, o próprio fim."(A mulher da voz e Joana). Descobre-se cada vez mais perto de si mesma, à partir do momento em que se encontra como o centro de toda a existência. Uma prosa impregnada de poesia, que descreve um espírito resignado, mas concomitantemente inquieto em sua condição humana. Leiamos Clarice.

A bienal do ridículo. - parte dois

Bom, só quero relembrar que domingo próximo dia 23 será o último dia de Bienal do livro aqui no Rio. Quem foi, foi, quem não foi...
Ah, é importante também ressaltar que finalmente terão promoções decentes, pelo menos é o prometido.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

A bienal do ridículo.


Estamos no sétimo dia de Bienal do livro aqui no Rio de Janeiro. É com pesar que vejo que a XIII Bienal do livro tenha muito o que aprender depois desse tempo todo. Com um grande fluxo de estrangeiros - até porque as editoras internacionais participam do evento - não existe nenhum departamento destinado ao câmbio. A comida também está bem cara. Infelizmente essa é uma parte que realmente não me agrada, as lanchonetes formam um cartel e o consumidor não tem opção, quero dizer, na verdade ele tem duas: Ou ele paga 3 reais por um pastel de queijo safado, ou fica com fome. Não tem concorrência e é um evento muito cheio, não cria competição e por isso o serviço além de caro é terrível. E ainda é provável ouvir: " bom, o preço é esse, paga quem pode, gente pra pagar sempre vai ter...". Bom, sobre o evento pouparei comentários pois já sabemos todos que não existe nenhum incentivo à leitura realmente. O que existe é o marketing editorial, os cambalachos feitos entre as gigantescas das edições. O pobre diabo da escola pública vai voltar pra sua real situation, assim que voltar para o ônibus. Bom realmente se uma gigantesca gasta no mínimo 200 mil reais por um estande, sendo que são três pavilhões, tendo dois as maiores, arrecada-se com as lanchonetes, mas é preciso cobrar 10 reais pela entrada, sem falar no estacionamento, sabe como é né , senão não paga as contas. Só que existe algo do que vale a pena comentar, rsrsrsrs. A Bruna Surfistinha participou do Café literário. Quer algo mais patético do que isso? Semelhante literata estava por lá dando um pouco do seu conhecimento para todos os ouvintes do seu discurso moderno. Quem sabe estaremos encontrando nela a próxima revolucionária depois da Virgínia Woolf... Seria cômico se não fosse trágico.

domingo, 9 de setembro de 2007

Pensamentos

Tudo se torna o motivo até quando ele escapa das mãos,
dos pés...
Nessa vida tudo é tão vil.
De manhã na rua as pessoas não se olham,
os carros parados formando engarrafamentos...
Nessa vida tudo é tão apressado.

Cinzas

É esse amor insuportável que eu carrego dentro de mim.
Ele fere a minha alma, ela fere a minha carne,
fica o vazio do meu silêncio, eu e meus nós, aqui nesse momento,
e minhas mãos com rugas...

Quase não percebo essa sutileza do
eternamente criar-a-si, do eternamente destruir-a-si.

Só ficou a voz rouca e a incerteza, mas
as minha dúvidas eu guardo para mim,
guardei até a palidez das lembranças desbotadas,
teus braços já nem eram mais brancos e teu corpo...
Cinza. Eram cinza eu me lembro perfeitamente,
uma mistura entre a tua brancura e a
opacidão da tua sombra nas minhas recordações.

Pensamentos

A solidão à dois é um exagero.
Mas assim é a vida, cheia de seus exageros;
as promessas de felicidade, depois as contas à pagar.

domingo, 2 de setembro de 2007

" O mundo de Hedda "


Parodiando o também norueguês Jostein Gaarder, um autor muito conhecido aqui no brasil por seu livro " O mundo de Sofia " (Sofies verden), gostaria de relembrar um outro nome, Ibsen. O dramaturgo que viveu 78 anos, foi a maior expressão do teatro norueguês. Uma de suas maiores peças " Hedda Gabler ", conta a história de uma mulher reprimida pela sociedade burguesa e seus valores. Entre outras peças encontramos também " Casa de bonecas". É oportuno mencionar que existe uma enorme relação entre Hedda, Emma Bovary, a mãe de Eugênia Grandet, Sra. de Rênal, Anna Karenina, e possíveis outras personagens. Então me pergunto: O que faz de um livro um grande livro? O que faz de uma peça uma grande peça? A resposta não me é outra senão o talento. A individualidade de cada obra, que faz com que ela seja única e inigualável. Mas para não divagar e perder o fio da meada entre críticas literárias ou teatrais e o fato, o fato é: Eu não sei se você assistiu, mas eu assisti as duas últimas montagens de Hedda Gabler no Brasil, sendo que a peça só foi montada quatro vezes. É interessante ver Hedda tomar formas, sobretudo quando interpretada por excelentes atrizes. De resto é só aguardar pelas próximas montagens.

Justiça? Justiça é o caralho!


Caros leitores, dizem que aqui no nosso país tão maravilhoso e justo, onde a renda é bem distribuída, onde não existe mendigos nas ruas, onde as pessoas são felizes, é devido à justiça. Essa é a mesma justiça que trata dos mensalões da vida, de Renans e cia, de dossiê para acabar com candidaturas, etc. A justiça no Brasil não é lenta, ela simplismente não funciona. Quer ver um caso? Há pouco tempo um jogador de futebol de um time, o qual não recordo, resolveu entrar com um processo contra o treinador do time por tê-lo agredido verbalmente chamando-o de "viado". Bom, o excelentíssimo juíz arquivou o caso alegando que futebol não é esporte pra "viado", ponto! Depois dessa, o Código Civil deve ter entrado para a lista dos livros malditos, àqueles que foram queimados pela Igreja lembram-se? Vamos rasgar o Código eu digo. Dizem que só o que funciona é o Direito de Família. Não paga a pensão pra você ver... Mais um exemplo para adicionar ao nosso simpósio é, uma vez sendo atendido pela Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro - diga-se de passagem muito mal - vi um rapaz com sua respectiva "namarida" e um bebê, o qual ele apesar de não ser o pai, queria registrar o menino, e sem nem ouví-lo a defensora já foi dizendo: o senhor não pode registrar essa criança já que não é o pai, você vai preso porque isso é crime! Eu insisto, era melhor ele ter procurado a Vara de Infância e Juventude e se informar sobre o sistema de adoção, ao invés de ter de ouvir tal asneira... Bom meus caros, eles querem saber é de dinheiro no bolso, compromisso social zero. Onde já se viu, um miserável desse larga o filho no mundo, vem uma boa alma querendo cumprir um papel que não é seu e é vetado, " porque o pai verdadeiro pode aparecer "um dia" e querer registar seu amado filho". Que balela, seria cômico se não fosse trágico a justiça mal equipada em suas próprias leis. É caros leitores, a verdade é que temos pessoas despreparadas para ocupar seus lugares, e a nossa justa justiça, ihhhhhhhhh essa aí nem se fala...