sábado, 8 de dezembro de 2007

amanhã

Clareia o meu dia e o sol raiando desponta no fundo da paisagem como se fosse a primeira contemplação a ser feita.
Tudo se clareia pela manhã,
não importa o que houve na madrugada
De tantas e tantas noites sem um afago,
Sem um cheiro.

Invento vozes.
Crio no imaginário a realização de tudo o que não acontece,
E isso é o potencializador e afirmador da vida.
As vozes que invento, todo um texto, toda uma cena,
Que repete a si mesma
E vai preenchendo o vazio,
E vai criando sentido
E vai dando vida.
A prova mais Clara daquilo que nunca perdemos,
e que está longe de qualquer definição.

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