domingo, 25 de novembro de 2007

Once bitten twice shy

Hoje eu li em um blog, que por coincidência tem o mesmo título que um post meu escrito anteriormente, o seguinte:

GASTANDO A ERUDIÇÃO. Utilizações alternativas para os grandes livros dos grandes pensadores.

Humano, Demasiado Humano (NIETZSCHE, F.) : espécie de calço para colocar com manejo entre a parede e a cabeceira da cama pra fazer parar aquele barulho irritante da pancada na hora dos movimentos sexuais.

Filosofia das Formas Simbólicas. (CASSIRER, E.): apoio para copos: drinks, cerveja ou quentes e, ainda, dependendo da ocasião, apoio também para a petisqueira, evitando manchar o tampo da mesa.

O Grau Zero da Escrita. (BARTHES, R.): adorno para suvaco. Filosofia de axila para impressionar o sexo oposto - ou o mesmo se for o caso.

A pessoa se entitula como uma concorrente ao mestrado em letras; e não em história. Apesar disso existe uma outras erudição em meio aos escombros dialéticos dessa criatura. Sinto em lhe informar mas para quem estuda na biblioteca do CCBB, pelo menos é o que é divulgado no blog, e vai concursar para o mestrado de letras pelo menos poderia colocar " quando vou à padaria". Uma coisa curiosa, se o livro do Nietzsche serve de calço para conter o barulho na hora da cama, ao que parece a foda é bem melhor do que a preferência filosófica, muito mais excitante eu diria. O mais estranho é a colocação de que " OS GRANDES CRÍTICOS LITERÁRIOS E TAL, NOSSA QUE MARAVILHA QUE ELES SÃO..." você enaltece os caras e rejeita o Nietzsche. Desculpe-me não é pessoal, é Nietzscheano, rss. Você já leu a crítica do Carpeaux sobre o Nietzsche? E a do Jorge Luís Borges? Você já leu na antiga coleção " o pensamento vivo " a introdução escrita pelo André Gide na biografia do Nietzsche? Hummmm.... sei não hein! Concorda que soa estranho?
Outra coisa: se não gostou de Barthes e Cassirer, espere até o Wittgenstein e no Benveniste. Aí você vai querer morreeeeeeeeeeeeerrrrr.
Desculpe a brincadeira, eu vi seu blog depois com calma e é muito bom realmente, você parece ser uma raridade de mulher do século XXI, e eu em minha elucubrações Balzaquianas... mas até que um choppinho e literatura num sábado cairia bem.

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