segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Falando sobre Arte


De Platão ao Classicismo, os filósofos tentaram fundamentar a objetividade da arte e da beleza. O classicismo indo mais longe, fundamentou a " estética normativa", onde o objeto torna-se peculiar, independente do espectador que o percebe. Esse período Renascentista traz à luz o " antropocentrismo" que atinge sua plenitude e não mais encontra sentido para os grilhões da arte religiosa, libertando-se deles. Voltando à subjetividade da arte, David Hume relativiza essa, a beleza e ao gosto de cada um filosofando que aquilo que depende do gosto e da opinião pessoal não pode ser discutido racionalmente, portanto o belo não está mais no objeto, mas nas condições de recepção do sujeito. O princípio do juízo estético então, é o sentimento e a percepção que reside no sujeito e não no conceito do objeto. Entretanto, há a possibilidade de uma universalização desse juízo subjetivo na medida em que as condições subjetivas da faculdade de julgar são as mesmas para todos os homens. Essa ingênua universalização de juízos que Kant tanto propusera, levou Hegel a introduzir o conceito histórico na arte, onde a estética depende mais da cultura e da visão de mundo vigentes no sujeito do que uma exigência interna do belo. Montesquieu assumiu uma grande empreitada na tentativa de disassociar o ideal de gosto, ou de belo, da análise crítica em sua última instância. O objeto é belo porque realiza o seu destino, é autêntico, é um objeto singular e sensível, que carrega um significado que só pode ser percebido na experiência estética. A idéia de um único valor estético a partir do qual julgamos todas as obras é inexistente.

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