sábado, 28 de julho de 2007

Tu que não és Cecília.

Eu canto num canto o canto dos pássaros,
Canto Amélia, canto Maria e Cecília,
Invoco o nome das musas adormecidas
Embaladas com cuidado em sua suave melodia.
A harmonia das terças – feiras dão
Um vigor individual para cada
Sensação acolhida pelos meus sentidos.

E tu de onde vens?
Tu, que chegastes e entrastes
Pelo corredor como um vulto,
Tu que não és Amélia, nem Maria e nem Cecília,
Tu que me visitas e se tornas objeto da minha angústia,
Que pondera os meus pesares e
Influencia minhas inclinações.

Tu que me idiotizas!

E nem sequer me cumprimentas
Dizendo-me o teu nome.
Sei que tu só queres me embaraçar,
Não queres nada comigo
Nem saber de minhas paixões possíveis
Queres me instigar ao erro, a comédia,
Queres que eu seja uma tragédia grega,
Ou uma novela mexicana.
Então eu grito até perder a voz
E exaurir a força que resta da minha desgraça e pergunto:
Quem és tu ?

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