domingo, 26 de outubro de 2008
Exposição de Marcel Duchamp no MAM de São Paulo
A exposição das "obras" do artista plástico francês Marcel Duchamp no MAM de São Paulo pareceu bem animada. Notem que muitas pessoas não sabiam o que faziam lá ou nem mesmo conheciam bem Duchamp. A primeira entrevistada diz que o interessante é que a maioria das obras é réplica. O entrevistador diz então: e se eu te der uma réplica de uma nota de 50 reais? aí ela responde: Ah, mas aí não é uma obra de arte! Isso é bem questionável, principalmente se tratando da exposição em pauta, pois o próprio Duchamp fazia cheques o os preenchia com valores e isso se tornou uma de suas obras de arte assinadas por ele. A segunda entrevistada quando é perguntada sobre o valor da "fonte" diz: Ah, milhões de dólares!! Nesse momento o apresentador brinca dizendo que passou em uma loja no dia e viu uma igual por 70 reais, então ela diz pra ele: Ah, mas não foi feita por ele!! Eu digo então: Nem a que está ali foi feita por ele e não é por se tratar de uma réplica, é porque a original também não foi. Mas aí caímos em um outro problema que é o seguinte raciocínio: Quando diz-se que algo não é uma obra de arte porque não foi feita por esse ou por aquele artista, pressupõe-se ulteriormente que, toda produção feita pelo artista tenha de ser necessariamente uma obra de arte, sendo que toda obra de arte tem de ser feita pelo artista, mas o contrário nem sempre é verdadeiro, mas antes de debater conceitos judicativos sobre a arte e até aonde ela vai continuemos nosso passeio. Quando o entrevistador define para uma entrevistado bem brabo o significado da exposição inteira em duas palavras e diz: Mona Lisa, é chamado de burro. Pois é, o que eles querem ver mesmo é roda de bicicleta em cima de banco!!! Estão precisando de um banho realmente de arte, só tomara que não queiram se banhar na "fonte"! Arte neles"!!!
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