domingo, 14 de outubro de 2007

Marx de cú é Hegel


Essa manhã acordei com a pá virada. Então resolvi postar algo nada agradável para falar sobre como cunhou Merleau-Ponty: O Marxismo Ocidental.

Diz ele: " A política revolucionária tinha como meta imediata a síntese. Veríamos aparecer nos fatos a dialética. A revolução era o ponto sublime em que o real e os valores, o sujeito e o objeto, o juízo e a disciplina, o indivíduo e a totalidade, o presente e o futuro, em vez de entrarem em rota de colisão, passariam pouco a pouco a conviver. O poder do proletariado era a novidade absoluta de uma sociedade que critica a si mesma e que elimina de si as contradições por meio de um trabalho histórico infinito[...] O que resta dessas esperanças? O principal problema não é que elas tenham se frustrado e a revolução tenha sido traída, mas que ela se viu encarregada de outras tarefas que o marxismo supunha resolvidas[...]

O que me incomoda profundamente é a ineptidão do pensamento determinista, principalmente a dos defensores das cotas nas universidades públicas que o conhecem como, DETERMINISMO HISTÓRICO. O passado é pago pelo presente, "os oprimidos", sabe aquela dívida histórica que temos para com os negros e tudo o mais... Ele é abraçado como um dogma, uma verdade histórica, uma estagnação, uma imutabilidade, mas que para mim não passa de um filho pródigo.

O principal herdeiro de Hegel é Marx, que buscou inverter a dialética do mestre ao compreender o processo dialético não a partir da estrutura do devir, mas sim a partir das relações materiais concretas que estruturam a experiência humana. Isso se tornou a Tautologia do século XXI, mas como o Materialismo Histórico já foi descartado como teoria científica, não falemos mais nisso por agora.

Nesse caso determinista, a história não seria mais pensada como um vir-a-ser, mas como uma sequência congelada de estados definidos e a revolução nada mais é do que a realização, no tempo, daquilo que já existia em forma embrionária e que se desenvolve até alcançar o seu ponto final. Não se poderia fugir dessa escatologia.

Então penso: será que que minhas ações, ou as ações políticas, ou quaisquer que sejam as ações, não possuem uma liberdade de escolha, de mundança histórica, somos realmente condicionados à uma simples repetição do processo? Só se eu acreditasse na onipotência da Causalidade Determinista.

É oportuno mencionar que o século XVIII foi de grande contribuição para uma nova percepção filosófica devido à três fatos:


- A descoberta da célula;

- A descoberta da lei da conservação e transformação da energia;

- A teoria da Evolução das éspécies.


Marx supunha que suas teorias poderiam desencadear a revolução socialista em um país avançado como a Inglaterra. No entanto, a história nos mostrou que coube a Rússia, país de Monarquia absoluta e cuja industrialização começou apenas no final do século XIX, tornar-se o primeiro país socialista. Mais uma vez o Profeta errou. Agora cabe a história nos mostrar o resto dessa estória.


" Nós temos por testemunho as seguintes verdades: todos os homens são iguais: foram aquinhoados pelo seu Criador com certos direitos inalienáveis e entre esses direitos se encontram o da vida, da liberdade e da busca da felicidade.

Os governos são estabelecidos pelos homens para garantir esses direitos, e seu justo poder emana do consentimento dos governados.

Todas as vezes que uma forma de governo torna-se destrutiva desses objetivos, o povo tem o direito de mudá-lo ou de abolir, e estabelecer um novo governo, fundando-o sobre os princípios e sobre a forma que lhe pareça a mais própria para garantir-lhe a segurança e a felicidade."


Trecho da Declaração de independência dos Estados Unidos.

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