Certo, não há nenhum indício de uma “terceira pessoa” no caso. Ainda que sejam de 99% as possibilidades de eles terem matado a pequena Isabella, o 1% que resta possui, a meu ver, um peso equivalente se quisermos evitar mais uma injustiça jornalística do gênero Escola Base ou Bar Bodega.
Se a revista dispusesse de alguma informação exclusiva que, em tese, encerrasse defintivamente as dúvidas sobre o caso, poderia investir com mais autoridade nesse tipo de enfoque. Não custava adotar um mínimo de sobriedade nessa cobertura.
Se a revista dispusesse de alguma informação exclusiva que, em tese, encerrasse defintivamente as dúvidas sobre o caso, poderia investir com mais autoridade nesse tipo de enfoque. Não custava adotar um mínimo de sobriedade nessa cobertura.
Acho que “Veja” quer, mais uma vez, poupar do leitor o trabalho da dúvida –e assumir, por si mesma, a missão de guiar a opinião pública naquilo que acha certo. Editorializar um escândalo político ainda vai. Mas um caso de crime familiar já envolve atitudes que nem mesmo a ideologia e o partidarismo explicam.
Desta vez não Marcelo Coelho, desta vez você se precipitou na defesa da causa do bom jornalismo.
2 comentários:
De uma coisa estou certo: a Veja está longe de praticar o bom jornalismo. Vender opinão ou especulação disfarçado de notícia é algo que contradiz a ética da profissão.
Quanto ao caso Isabella, como Editor, jamais daria tanto espaço ao caso. E aguardaria a sentença. Crimes violentos contra crianças acontecem todos os dias sem o mesmo empenho das autoridades. Eu diria isto.
E no mais, é pouquissimo provável, mas 1% ainda é uma chance.
Ele diz que 99% e 1% são equivalentes. Confesso ter matado muitas aulas de matemática, mas uma coisa é certa:a discrepância da equivalência. Como disse não sou partidário da veja, mas existem matérias muito boas na revista, eu por exemplo tenho uma sobre o Che Guevarafantástica, tenho até um post sobre ela aqui no blog. Concordo sobre não dar tanto espaço para a matéria, acho ruim quando alguns desses fatos viram uma "causa", como por exemplo no caso do João que foi arrastado pelo carro por kilômetros, foi um crime bárbaro, só que mais bárbaro foram os pais do menino que queriam processar a empresa de automóvel por causa do cinto de segurança. Em suma, não acredito no pai nem na madrasta da menina.
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