domingo, 27 de janeiro de 2008



Essa é a bola da vez. Depois de uma certa resistência resolvi saber o que o Bernard - Henri Lévy tinha para dizer sobre Sartre, até porque para mim o primeiro filósofo é uma espécie de Tocquevilleano século XXI. O que teria Sartre para seduzir tanto um filósofo na contemporaneidade? Em relação aos dois citados teriam muitas. A paixão pela filosofia. O intelectual engajado. O militante político. A literatura.

Apesar de estar ainda perto da metade do livro, consigo perceber a sutileza das palavras para que a mensagem seja transmitida ao leitor com minuciosidade. Tudo o que uma leitura atenta pode fazer. Portentosamente o livro vai fluindo e dividindo as suas idéias com o leitor. Nele passamos com personalidades comentadas como: André Malraux, Heidegger, Nietzsche, Merleau-Ponty, Beauvoir, Blanchot, Bataille, Espinosa, Gide, Stendhal, Romain Gary, Camus, Raymond Aron, De Gaulle, Jules Vuillemin e Jean Wahl entre outros...

Vai sendo mostrado um Sartre que em sua época era o intelectual mais amado e odiado. Um Sartre que escreveu O SER E O NADA e um Sartre que apoiou o Comunismo. Um Sartre que escreveu OS CAMINHOS DA LIBERDADE e um Sartre Ultrabolchevista. Um Sartre amado por sua fiel companheira até o último dia.

É sempre marcante quando conseguimos vencer os nossos preconceitos e ler algo que as vezes nos fazem pensar duas vezes, que nos fazem enxergar na totalidade e não na nossa metade.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gosto do Sartre. Recentemente comprei o "esboço para teoria das emoções".

Mas é realmente legal ter a própria opinião. Se fossemos ouvir a crítica especializada nunca comprariamos um livro nem mesmo iriamos ao cinema.

Um abraço